O Meu Primeiro Beijo
- Gustavo (Bardoca)
- 25 de fev. de 2016
- 3 min de leitura
Estou fazendo algumas atividades para treinar minha escrita e esse tema foi sugerido como exercício, porem, o site onde eu deveria mandar o texto não esta querendo receber meu texto. Talvez ele não tenha gostado da minha primeira experiência! D: Então já que ele não quer, eu resolvi compartilhar ela aqui com vocês! =D
Divirtam-se!

O Meu Primeiro Beijo
Eu tinha doze anos e eu costumava passar as férias escolares em uma cidade pequena aonde minha mãe cresceu. Lá eu tinha tias, tios, Vô, Vó, e uma penca de primos! E era com esses primos que eu passava a maior parte do tempo. Na verdade com um só: o Léo. O Léo é três anos mais velho do que eu, e por isso, já fazia coisas de adolescente. Eu achava o máximo andar com um primo mais velho, ainda mais por ele ser muito popular na cidade, principalmente entre as garotas. Todas as sextas-feiras e finais de semana, nos íamos juntos para a pracinha principal da cidade, que era rodeada por lanchonetes e sorveterias. E lá nos dois, com mais alguns amigos, ficávamos conversando e vendo as pessoas passarem. Mais precisamente ficávamos vendo as garotas. Ai começava aqueles comentários: “Nooo!! Eu fiquei com a fulana e ela beija bem pra caraaamba!!”, “Olha só a siclana lá... sou doido com ela...” e “beltrana ainda ta namorando? NÃO? Então é hoje!!”. E eu pensava: “como é que eu passo daquela fase do Mario...?” Não tinha muito interesse nessas coisas... ainda era muito novo mas como o assunto principal nessas conversas era isso, eu acabei por dizer: “eu nunca beijei alguém...” “O QUEEEEEEEEEE?!?!?!!?” Eles não aceitavam de jeito nenhum que eu era “BV”, e assim, começou a saga: Gustavo perde o BV! De certo modo eu queria, pois sempre rola aquela curiosidade e o pessoal ficava botando pressão. Mas eu tinha muito medo de algo der errado e fazer feio. Ainda mais com os conselhos e avisos que eles me davam: “vai treinando que a gente já ta arrumando as coisas pra você... usa uma laranja.”, “não vai passando a mão na bunda da menina do nada, viu? Vai devagarzinho...”, “bala! Beija com bala que é bom!”... Isso tudo só aumentava o meu receio. Em uma dessas saídas a noite eles combinaram com uma garota conhecida para “ficar” comigo. Vou chamá-la aqui de “P”. P era uma garota muito mais velha que eu... Provavelmente uns 3 anos. Ela tinha a pele morena, cabelos cacheados e era gordinha. Não que ela não seja bonita mas não me atraia, mas meu primo e os amigos deles acharam a combinação ótima, afinal, eu era gordinho também... Que bullying... u.u Combinamos de nos encontrar em uma rua escura. Chegando lá, ela estava encostada no muro esperando e olhando para o nada. Eu caminhei na direção dela sentindo um buraco na barriga por causa da ansiedade. Parei na frente dela e disse um oi que mais parecia uma tosse. Ela respondeu o oi e ficou me olhando e eu olhando de volta sem saber o que fazer. “E AGORA?!”. Lembrei do que os meus “cupidos” tinham me dito: beijar com bala! E eu já tinha me preparado com alguma. Enfiei a mão no bolso e tirei uma Icekiss... Não tinha reparado o quão nervoso eu estava até ver que minhas mãos tremiam a ponto de mal conseguir abrir o papel da bala. P cansou de esperar e disse: “vem” e , com a bala na boca, eu fui. Confesso que não sabia se o que eu estava fazendo estava certo ou errado, mas eu tava fazendo! A língua dela massageou a minha e passamos a bala de um para o outro. O coração batia a mil. Ate ai tudo bem, mas... Quando é que eu tinha que parar? Ninguém me explicou quando era pra eu parar! Então não parei... Fazer o que? Tudo deve ter durado uns 5 minutos, e olhe lá, mas pra mim foi como se fosse 5 horas. Com um estralo de lábios ela se afastou e disse que a tava na hora de voltar pra pracinha. Eu concordei. Não voltamos de mãos dadas ou abraçados, o que eu achei meio estranho. Meu primo e os amigos dele estavam me esperando no final da rua junto de outras garotas que também esperavam P. “olha ele aiii!!” “ó o beijoquero!” “como foi?” “que que cê acho?” Ah... Achei bom. Na verdade eu não consegui sentir muita coisa. Eu tava tão nervoso no momento que a única coisa que eu senti direito foi o gosto da bala.

Comentários